(31) 3222-4127 | (31) 98793-5728 / fisiar@fisiar.com.br

Diástase Abdominal

carros

Por:fisiar
Sem categoria

01

out. 2016

Diástase Abdominal

É a separação dos feixes do músculo reto abdominal na linha média do abdômen.  Quando os músculos abdominais se distendem exageradamente ou sucessivas vezes, as fibras sofrem esgarçamento. A área central, formada de tecido conjuntivo, conhecida como linha alba, é a que mais sofre com esta frouxidão. Este espaço entre os músculos retos abdominais, é a condição conhecida como Diástase Abdominal ou Diástase dos Retos.

Segundo a literatura, a diástase pode surgir acima da cicatriz umbilical, na cicatriz e, menos frequentemente, abaixo desse nível, podendo ser considerada uma situação transitória ou permanecer ao longo da vida.

Os fatores predisponentes para a diástase do reto abdominal são: gestação, aumento de peso , fraqueza abdominal ou exercícios abdominais executados erroneamente,  carregamento de peso,  e embora pouco abordada, a Diástase também pode ocorrer em homens por  condições crônicas que induzam à grande pressão dentro do abdômen.

Quando há acúmulo de gordura na região abdominal associado com distensão progressiva, ocorre deformidade na parede abdominal que pode provocar diástase do reto e hérnias abdominais .

Sabe-se que a diástase do reto abdominal não provoca diretamente desconforto ou dor, mas a distensão excessiva, maior que 2,5cm, pode interferir na capacidade dessa musculatura em estabilizar o tronco, gerando maior predisposição ao desenvolvimento da dor lombar.

Como existe uma relação sinérgica entre os músculos abdominais e o assoalho pélvico, a diminuição da função muscular do abdômen, associada à diástase, pode afetar a performance do assoalho e provocar disfunções como a incontinência urinária de stress, incontinência fecal ou prolapso pélvico.

A prevenção está na prática de atividades, como o autêntico Pilates, que fortalecem a musculatura abdominal, com ativação dos músculos profundos e as demais estruturas que garantem a estabilidade do tronco.

Exercícios realizados corretamente podem favorecer a prevenção ou diminuição da diástase abdominal. Os exercícios de estabilização da coluna, muito utilizados nos tratamentos da dor lombar, serão os mais indicados para esses casos. Fazer uma longa, firme e sutil contração do transverso do abdômen, associada à ativação do assoalho pélvico é a dica importante para execução de todos os exercícios. Preferir os abdominais que movimentam as pernas (sem protrusão do abdômen) aos abdominais com movimentos do tronco e sempre, adaptando os exercícios para reduzir o stress sobre a parede abdominal.

A cirurgia está indicada quando existem danos significativos às estruturas e uma tensão suficiente já não pode ser gerada para garantir uma pressão abdominal ideal, nem garantir a execução das funções.

Exercitar-se com cautela e orientação adequada é fundamental para a saúde do seu corpo!

 

 

Referências Bibliográficas:

Blanchard, PD. Diastasis recti abdominis in HIV-infected men with lipodystrophy. HIV Med. 005. 6: pp. 54-56
Boissonnault JS, Blaschak MJ. Incidence of diastasis recti abdominis during the childbearing year. Phys Ther. 1988. 68: p. 1082-1086

Chiarello CM, Falzone LA, McCaslin KE, Patel MN, Ulery KR. The effects of an exercise program on diastasis recti abdominis in pregnant women. Journal of Women’s Health Physical Therapy. 2005. 29: pp. 11-16.

Difiore J. O guia completo para a: Boa forma física pós natal. São Paulo: Manole, 2000.

Lee DG, Lee LJ, McLaughlin L. Stability, continence and breathing: The role of fascia following pregnancy and delivery. Journal of bodywork and movement Therapies. 2008 – Elsevier.

Lockwood T. Rectus muscle diastasis in males: primary indication for endoscopically assisted abdominoplasty. Plast Reconstr Surg. 1998. 101: pp. 1685-16891

Mesquita LA, Machado AV, Andrade AV. Fisioterapia para Redução da Diástase dos Músculos Retos Abdominais no Pós-Parto. RBOG 1999; 21(5):267-272.

Nahas FX, Augusto SM, Ghelfond C. Nylon versus polydioxanone in the correction of rectus diastasis. Plast Reconstr Surg. 2001.107: pp. 700-706

Neumann P, Gill V. Pelvic floor and abdominal muscle interaction: EMG activity and intra-abdominal pressure. Int Urogynecol J Pelvic Floor Dysfunct. 2002. 13: p. 125-132

Pitanguy I, Jaimovich CA, Mazzarone F, Parra JFN. Semiologia da Parede Abdominal: seu valor no Planejamento das Abdominoplastias. Rev.Soe. Bras. CiroPlást. 1999. v.l4 n.3 p. 21-50.

Rett MT, Braga MD, Bernardes NO, Andrade SC. Prevalence of diastasis of the rectus abdominis muscles immediately postpartum: comparison between primiparae and multiparae. Ver Bras Fisioter. 2009; 13(4): 275-80.

Sapsford RR, Hodges PW, Richardson CA, Cooper DH, Markwell SJ, Jull GA. Co-activation of the abdominal and pelvic floor muscles during voluntary exercises. Neurourol Urodyn. 2001. 20: pp. 31-42

Compartilhe:

Av. Brasil, 1115 – Santa Efigênia, Belo Horizonte – MG, 30140-000

(31) 3222-4127 | (31) 98793-5728

fisiar@fisiar.com.br

Seg – Sex: 07h às 21h